Vamos conhecer mais um pouco da fanzineira Danielle Barros.
Como você começou a desenhar? Foi desde a infância, foi a partir de influência de amigos?
Desde criança! Sempre gostei de desenhar, esculpir, pintar, encenar, simular programas de rádio (gravava fitas), entrevistas, e, sobretudo sempre gostei de ler. Além de ser incentivada por minha mãe na parte dos desenhos, meu pai era dono de uma banca de jornal e revistas em Salvador - BA, e sempre convivi com este universo de revistas, jornais, periódicos, história em quadrinhos. Posso dizer que minha pré alfabetização foi a partir da leitura de gibis. Eu tinha uma pasta onde guardava meus desenhos, e ainda pequena fiz minhas próprias revistas (meus primeiros fanzines, sem saber).
Imagem 1 - Eu com 6 anos em Salvador com minha prima Michele, exibindo meu desenho |
Nas imagens acima: "- Uma das minhas primeiras revistas artesanais e cesto de cartas que trocava com primas e amigas (zineira desde pequena sem saber!)
Por algum motivo parei de desenhar e fiquei anos sem fazê-lo. Em 2012 conheci o Ciberpajé Edgar Franco, artista renomado e professor da Universidade Federal de Goiás, a quem devo a retomada de meus desenhos, por seu incentivo. No final de 2013 comecei a fazer alguns rascunhos, e em 2014 surgiu minha primeira criação de personagem, a índia Sibilante.
Desenho de 2013
Desde então tenho seguido criando, já ilustrei mais de onze fanzines, tenho minha arte estampada em ecobags e ímãs feitos como itens promocionais do fanzine Sibilante II, e até ilustração de capa do primeiro livro editorado pela ASPAS (Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial), com a parceria do Ciberpajé Edgar Franco que coloriu a ilustração!
2. Tem pessoas na sua vida real que você costuma representar nos seus quadrinhos?
De certa forma sim, mas não diretamente. Em relação aos desenhos, por exemplo, costumo utilizar fotografias como referência, tanto no aspecto da anatomia quanto para elaborar os cenários, mas procuro transformá-los, ou seja, não reproduzo literalmente uma imagem utilizada como referência no desenho. Então por mais que haja influência externa, tudo que eu crio tem características únicas que são criadas durante o ato criativo. Em relação aos personagens também, tanto nos roteiros quanto nos traços das personas, trago a influência do que vivencio em minhas experiências de vida, em histórias, e personalidades que convivo e observo na sociedade.
Pessoal, a entrevista com a Danielle é bem recheada de imagens e relatos, por isso nós iremos dividí-la em partes... aguarde...
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