28 novembro 2017

Fanzinoteca participa do IFF Integrando Saberes

Oficina de zine para os estudantes do 9º ano da
Escola Estadual Municipalizada Leonel Brizola de Macaé
Durante esta semana, de 21 a 23 de novembro, o IFanzine participou ativamente da programação do IFF Integrando Saberes, evento cuja proposta, a de valorização da pluralidade cultural e social, com foco em múltiplos saberes envolvendo a comunidade estudantil, contou com inúmeras atividades tais como palestras, exposições de trabalhos, oficinas, cine-debates, apresentações culturais e minicursos. Realizamos feira de zine acompanhado do nosso aparato audiovisual - o Toten Zine – por meio do qual divulgamos alguns vídeos relacionados à trajetória do projeto IFanzine nos seus quatro anos de existência; realizamos uma oficina para cerca de 50 jovens da rede municipal de ensino de Macaé e, além da apresentação oral durante a Expocit, evento acadêmico no qual os projetos de pesquisa e extensão do IFFluminense Campus Macaé se apresentaram à comunidade estudantil, tivemos a oportunidade de realizar uma oficina na Fanzinoteca para os estudantes surdos e intérpretes de libras. Entre os surdos presentes à oficina, recebemos estudantes da Escola Municipal Polivalente (Macaé), da Escola Municipal Ancira Gomes de Pimentel (Macaé) e estudantes de Casimiro de Abreu. Para saber um pouco sobre a experiência vivenciada nesta semana de intensas fanzinagens, convidamos a Mylena Schuab, estudante do IFF Macaé e representante da comunidade surda, para comentar sobre suas impressões: 
Oficina de Zine para estudantes surdos
com os intérpretes de libras do campus Macaé
"Achei bastante interessante a ideia de produzir nosso próprio fanzine para divulgar as questões da surdez, para dar visibilidade à cultura surda, para mostrar que o surdo não é invisível, que a comunidade surda existe sim. Como meio acessível de comunicação, entendo que o fanzine pode ser uma alternativa a ser usada para conscientização das pessoas, e ajudar a acabar com preconceitos. Conheço surdos que sabem desenhar muito bem e podem ajudar a fazer um fanzine. Alguns também abandonaram os estudos, mas vou tentar fazer com que eles venham para fazer outras oficinas de fanzine. Os surdos gostam muito de histórias em quadrinhos. Porque na verdade a maioria dos surdos não entende a língua portuguesa, mas quando uma história tem imagem, ações, expressões de triste ou feliz, e que facilitam a leitura, o surdo vai se interessar mais."
Novos encontros na Fanzinoteca serão agendados para a elaboração de uma publicação coletiva, feita pelos estudantes surdos, a ser lançada em breve.


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