28 junho 2019

TERCEIRA MOSTRA PEIBÊ abre CONVOCATÓRIA para Fanzineira(o)s e Autora(e)s Independentes

CARTAZ III MOSTRA PEIBÊ

CONVOCATÓRIA À COMUNIDADE FANZINEIRA

III MOSTRA PEIBÊ DE ZINES E PUBLICAÇÕES INDEPENDENTES.
Dias 16 a 18 outubro na FANZINOTECA do Instituto Federal Fluminense Campus Macaé (RJ).

A Fanzinoteca IFF Macaé foi inaugurada em 11 de outubro de 2017 a partir do trabalho seminal do projeto de extensão IFanzine que promove a aplicabilidade dos fanzines (fanatic + magazine) no ensino e aprendizagem, oportunizando a montagem de um crescente acervo de publicações produzidas pelos estudantes e de outra(o)s autora(o)s do país obtidas por meio de doações e trocas. A Fanzinoteca tem como missão a preservação da memória das publicações independentes e paratópicas, promovendo ainda a utilização do potencial criativo dos estudantes, inspirado no lema “faça você mesmo”, que está no cerne do fanzinato, constituindo-se num mecanismo de estímulo ao exercício da autoria e autonomia. A Fanzinoteca macaense é uma das raras do gênero no mundo e a singularidade de estar alocada numa escola pública de ensino profissionalizante fortalece a proposta de apresentar e disseminar os zines num contexto intergeracional.
O Coletivo Fanzinoteca edita, entre outras publicações zineiras, o PEIBÊ, zine de HQs autoriais que dá nome ao evento, e que foi contemplado com o troféu Ângelo Agostini em 2016 e selecionado em 2019 para a Exposição de Quadrinhos Alternativos de Angoulême, o que representa uma grande visibilidade e reconhecimento do potencial da iniciativa que integra a vivência do fanzinato ao processo educacional para a autonomia. A Fanzinoteca, sediada em uma instituição de ensino público profissionalizante da rede federal, contribui assim para a preservação da memória das publicações marginais e independentes, com o estímulo à produção autoral, fortalecendo a cultura zineira para as novas gerações.
Para a realização desta terceira Mostra, assim como nas edições anteriores, pedimos a(o)s amigo(a)s zineiro(a)s que nos enviem exemplares de suas produções. As publicações que eventualmente não cheguem a tempo para a exposição serão integradas ao acervo da mesma forma e todo(a)s o(a)s colaboradore(a)s receberão em troca zines produzidos pelo projeto.
A Mostra de Zines contempla Feira de Venda e troca de Zines, com disponibilização de mesa para expositor(a) nos três dias do evento, que pode ser reservada mediante o preenchimento da ficha de inscrição:

POST PARA DIVULGAÇÃO - III MOSTRA PEIBÊ
Para quem não puder comparecer, mas que deseja enviar publicações para a Exposição, é importante também o preenchimento da respectiva ficha, além da remessa do exemplar físico:

A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DA III MOSTRA PEIBÊ SERÁ DIVULGADA EM BREVE. O evento é gratuito e aberto não só à estudantes e servidores da instituição, como também à toda comunidade externa interessada.

ENDEREÇO PARA REMESSA DOS ZINES:

FANZINOTECA IFF MACAE
CAIXA POSTAL 109766
Rua Paranaíba 126
Rio das Ostras – RJ
CEP 28893970

Para mais detalhes entre em contato com o e-mail: projetoifanzine@gmail.com

Conheça também os fanzines do Coletivo Fanzinoteca / Projeto IFanzine:

19 junho 2019

Faça parte da ANZINE: Ficha de inscrição na Associação Nacional de Pesquisa e Criação em Fanzines


Link para inscrição: https://forms.gle/LPoXa7Pwwcp3SuJD9

O que é a ANZINE?
A Associação Nacional de Pesquisa e Criação de Fanzines (ANZINE) com sedes no IFF – Instituto Federal de Fluminense, em Macaé-RJ, cujo campus possui a Fanzinoteca de Macaé; e na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), campus Paulo Freire em Teixeira de Freitas-BA (a ser implementada); se propõe a ser uma associação de pesquisadores/as envolvidos/as com a pesquisa, criação e o desenvolvimento científico e pedagógico acerca dos Fanzines, com desmembramentos nos zines, biograficzines e zineletrônicos, e todas as demais manifestações do amplo espectro dos fanzines.

A ANZINE foi idealizada inicialmente pela pesquisadora e fanzineira Dra. Danielle Barros (UFSB) com o estímulo inicial dos pesquisadores e também fanzineiros Alberto de Souza (Beralto) (IFF-MACAÉ), Dr. Edgar Franco (Ciberpajé – UFG) – que sugeriu o nome para a associação -, e Dr. Gazy Andraus (UFG), formando assim o núcleo inicial de criadores da ANZINE. A associação vê o/a “fanzine[1]” como uma modalidade paralela de publicação autoral e/ou em grupo, ou seja, paratópica, já que não se configura como uma publicação oficial, embora extremamente importante como construtora social, e que existe desde o final da década de 1920/30, e batizado/a em 1940 por Russ Chaveneut, nos EUA. Embora inicialmente fossem os zines publicações com contos e textos amadores atinentes à literatura da ficção científica, propagaram-se pelo mundo ampliando os temas aportando em 1965 no Brasil incluindo inicialmente como um dos temas de destaque, as histórias em quadrinhos (HQs)[2].

Atualmente, o universo fanzineiro se desdobra com eventos e exposições no mundo inteiro, como no Canadá, EUA, Toronto, França, Portugal, Taiwan, Brasil e outros, e abriga coleções em bibliotecas públicas, ou de faculdades e universidades, e ainda como espaços e locais destinados a eles/elas, fanzines, no que se convencionou chamar de fanzinotecas , ou fanzinetecas, e ainda zinetecas, como a recentemente inaugurada  FanzinoteKa de Barueri-SP (denominada de Fanzinoteca “Thina Curtis” em homenagem à idealizadora do evento “Fanzinada”) e a Fanzinoteca IFF – do Instituto Federal Fluminense).

Além disso, os fanzines, especialmente no Brasil e a partir do início deste século XXI, começaram a ser mais conhecidos, compreendidos e utilizados na educação, sobretudo por seus aspectos multi e interdisciplinares, desde o ensino fundamental e médio chegando ao universitário, incluindo na pedagogia da EJA, na formação de jovens e adultos, na formação de educadores/as e até em cursos de pós-graduação.

A proposta da ANZINE tem como aglutinador de pesquisa e criação seu objeto, o fanzine (e suas derivações), sendo por isso um espaço livre e interdisciplinar desde sua concepção. Em seus princípios gerais, entende que são justamente as diferentes perspectivas das diversas áreas do conhecimento que possibilitam a melhor compreensão de um todo imiscuído na vida e na realidade autoral de cada indivíduo na sociedade, que tem na criação de seu fanzine (ou zine, ou biograficzine[3]), um melhor diálogo entre si e a realidade cotidiana social que o permeia.

Destacamos ainda que o fanzine, por não ter caráter comercial, propicia uma fraternidade entre seus idealizadores e colaboradores que não tem par nas outras modalidades de expressão. Assim, o fanzine é aglutinador, traz o humanismo necessário, mais ainda em tempos atuais de discussões e querelas sem reflexão que despontam nas redes sociais como o “Facebook”, cujo caráter original, embora seja também aglutinador, perpassa uma premissa de conteúdo publicitário e comercial. Assim, o/a fanzineiro/a geralmente é conhecedor intuitivo de que seu trabalho existe numa modalidade paratópica à comercial, e que busca o entrosamento, o diálogo e confluência e troca de ideias, bem como de expressões artísticas sejam quais forem (textos, contos, HQs, HQforismos, cartuns, poesias, miscelâneas, etc.), desvinculando-se de competições e salvaguardando um sentimento fraternal pouco propalado nos sistemas sociais ora vigentes.

Assim, plantamos a semente e damos início à ANZINE no contexto do ‘IV ENTRE ASPAS’ em Leopoldina/MG, já propondo e aplicando oficinas com o tema fanzine para os participantes do evento.

Esperamos que apreciem este iníciozine. Abraço fraternal a todos/as, e sejam bem vindos à ANZINE!

Danielle Barros, Edgar Franco, Alberto Souza e Gazy Andraus!

INSCREVA-SE aqui: https://forms.gle/LPoXa7Pwwcp3SuJD9

Veja como foi a criação da ANZINE https://ivsacerdotisa.blogspot.com/2019/06/veja-como-foi-criacao-da-anzine-durante.html
Saiba mais sobre a ANZINE: https://ivsacerdotisa.blogspot.com/2019/06/criacao-da-anzine-associacao-nacional.html

(Fonte: https://ivsacerdotisa.blogspot.com/)

28 janeiro 2019

Zine PEIBÊ participa de exposição internacional em Angoulême.

O fanzine Peibê, produzido pelo projeto IFanzine do Campus Macaé, foi um dos selecionados para exposição do Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême, na França, que premiará os melhores trabalhos de quadrinhos profissionais e alternativos. Ao todo foram selecionados 33 fanzines advindos de 11 países: França, Bélgica, Suíça, Itália, Portugal, Croácia, Israel, Líbano, Canadá, Brasil e Taiwan.
A premiação ocorrerá no próximo sábado, 26/01 e o júri, composto por especialistas da área, é presidido por Philippe Morin, sendo este o primeiro vencedor desta categoria. O contemplado receberá uma bolsa de 500 euros da SEA, Alternative Publishers Syndicate .
Segundo Alberto de Souza, coordenador do projeto, a seleção para a Exposição de Quadrinhos Alternativos de Angoulême foi uma grande conquista que reforça o entusiasmo compartilhado com os estudantes do projeto que vem, ao logo de cinco anos, promovendo a aplicabilidade de revistas artesanais e quadrinhos como uma ferramenta a serviço do processo educacional e como estímulo à autoria. “Temos muitos jovens talentosos com vocação para o desenho e escrita e o projeto preenche esta lacuna ao oportunizar um incentivo, que se revela impactante para o neófito, quando entende e descobre a cultura dos fanzines, ou seja, quando conhece o modo de fazer livre das amarras comerciais, sem fórmulas estereotipadas e com espaço franqueado a quem quer contar histórias, fazer circular ideias, promover discussão e, sobretudo, exercer o fazer artístico”.
Para Alberto, o projeto alcançou um patamar acima com a inauguração da Fanzinoteca IFF Macaé ano passado, espaço este destinado a abrigar um crescente acervo de publicações independentes, hoje em torno de 1000 exemplares, obtidos por meio de troca com autores do Brasil e exterior. A Fanzinoteca funciona no Campus Macaé diariamente, de 13h30 às 16h30 e é aberta ao público em geral para leitura de publicações e produção de trabalhos autorais e até mesmo aulas e produção de trabalhos escolares sob a orientação de professores das mais diversas áreas e que vêm dispondo do zine como ferramanta no processo de produção textual e avaliativo.
O PEIBÊ, trata-se de uma revista de quadrinhos autoriais e que tem colaboração tanto de estudantes do IFFluminense como de autores independentes do país afora, o que resulta num publicação coletiva eclética que apresenta o diferencial de histórias em quadrinhos com propostas conceituais e estéticas diferenciadas do formato das revistas comerciais, normalmente produzidos em estúdio por vários profissionais, com linha de montagem. O conteúdo traz, dentre outros, alguns relatos de uso de fanzine (fanatic+magazine) e quadrinhos nas escolas e entrevistas com artistas independentes.
A presente edição número 6 foi lançada durante o Fórum Nacional de Pesquisadores em Arte Sequencial promovido pelo projeto e realizado no IFF Macaé em julho do ano passado.
O fanzine PEIBÊ#6 e outras edições do projeto podem ser acessadas no site da Editora Marca de Fantasia, especializada em publicações de quadrinhos independentes.
Fonte: Portal IFFluminense

25 dezembro 2018

PEIBÊ#6 em versão online

CLIQUE AQUI E LEIA O PEIBE#6
O PEIBÊ 6 que agora está sendo disponibilizado em versão online, foi lançado durante o IV FNPAS - Fórum Nacional de Pesquisadores em Arte Sequencial, que aconteceu entre os dias 25 e 27 de julho no IFFluminense Campus Macaé. A Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial (ASPAS), com apoio da Fanzinoteca, promoveu este evento que teve como proposta, tal como em suas edições anteriores, a reflexão sobre o papel das histórias em quadrinhos na produção de conhecimentos, tanto nas universidades quanto na educação básica. O evento contou com palestras, mesas-redondas, comunicações orais, exposições, oficinas e lançamento de publicações. Presentes ao fórum, alguns dos autores que figuram nas páginas do zine PEIBÊ ao longo de sua trajetória e que inspiraram e colaboraram com sua consolidação, seja como artistas como também enquanto pesquisadores. Assim sendo, a edição em questão traz um registro do quanto o fanzine vem sendo acolhido e promovido na instituição de ensino e seu impacto junto a esta comunidade e a articulação do projeto com a cena independente, pesquisadores e educadores.
PEIBÊ #0, lançado em outubro de 2013.
Quando do lançamento da edição número 0 do zine PEIBÊ, em 2013, os estudantes pioneiros vinculados ao projeto explicaram, com suas palavras bem-humoradas: "O nome Peibê foi idéia dos alunos ao deixar de forma literal a sigla P&B (Preto e Branco, marca visual de qualquer Fanzine), o nome ficou "abrasileirado" quando se percebe a comparação com os nomes de sementes e frutos exóticos brasileiros. Peibê então é isso mesmo: é jovem, é brasileiro, é brincalhão, tem estilo e criatividade de sobra para ir muito além desta edição zero. Apenas plantamos a semente!”
Muita coisa aconteceu desde então e a semente germinou e deu muitos frutos. 
A instituição da Fanzinoteca IFF Macaé em 2017, criada e gerida a partir do trabalho seminal realizado pelo projeto de extensão IFanzine, não só impulsionou a visibilidade dos fanzines do acervo adquirido pelo projeto, obtido por meio de intercâmbio e doações de faneditores do Brasil e exterior, como também incentivou os estudantes a alçarem experiências autorais, produzindo seus zines de forma totalmente independente. Sobretudo a Mostra Peibê, evento anual culminante da Fanzinoteca, como outras mostras e feiras ao longo do ano, incentivou os estudantes a participarem e promoverem por iniciativa própria, feiras de venda e troca de zines. Assim sendo, vários zines autorais de estudantes da instituição, foram lançados nos dois últimos anos. Recentemente, criou-se de forma autônoma, entre os freqüentadores da Fanzinoteca, um grupo para troca de experiências e práticas de desenho, denominado pelos seus afiliados de “Negocim de Desenho” que já produziu seu primeiro zine coletivo, o “Experimentos”.
O zine PEIBÊ em sua sexta edição traz, portanto, evidências do impulso que o projeto vem alcançando no Instituto Federal Fluminense Campus Macaé. 
Colaboram nesta edição autores veteranos e talentos revelados pelo projeto: Adino Doím, Beralto, Bruno Pereira, Ciberpajé, Fabi Menassi, Fafá Jaepelt, Gabriel Mira, Gazy Andraus, Geraldo Monteiro, Guilherme Ferrari, Karoll Castro, Keven Rocha, Kezia Campos, Leonardo Saleh, Marcelo Wilson, Nathalia Campanário, Sara Gaspar, Thais Carezzato, Thina Curtis e Wagner Teixeira.

11 dezembro 2018

Piquenique na Fanzinoteca


Vai acontecer na próxima quarta, dia 12/12 às 14h o primeiro Piquenique na Fanzinoteca e quem quiser somar é só aparecer. Vai ter um mutirão para pintura de vários painéis nas paredes da Fanzinoteca. Quer marcar presença com um stencil seu, do projeto ou coletivo do qual participa e colaborar com o mutirão? É só selecionar uma imagem de sua preferência, ou bater uma foto que quiser usar para a pintura e levar na hora da oficina ou pode enviar antecipadamente em mensagem inbox pra nós ou pelo email: projetoifanzine@gmail.com 
Troca sugerida: Traga uma tolha de mesa, um lanche para o Piquenique Colaborativo. Vamos registrar este dia que celebra a permanência da Fanzinoteca no prédio atual e o fim de um ano de muitas realizações e parcerias!
O fazer artístico, em toda a sua forma, não pode ser domesticado ou aprisionado; não é sobre algo distante, intocável, restrito; não se detém apenas na compreensão e/ou representação pessoal do concreto, mas, em sua natureza, em seu lirismo, qualifica-se como o "manifesto" de nossa própria voz e existência, culminando na construção gradual do “eu” subjetivo a que o emprego de adjetivos tanto falha em descrever. Com isso, a Fanzinoteca, além de ser um lugar de amor acolhedor, de vivências e aprendizado humanos, que transcende o espaço físico que ocupa, é um lugar propício a esta construção e de estímulo constante deste mesmo fazer artístico, onde, como C. S. Lewis, fui pessoalmente "surpreendido pela alegria". 
Dito isto, na próxima quarta-feira, dia 12 de dezembro, às 14h, a Fanzinoteca do Instituto Federal Fluminense Campus Macaé, fazendo uma alusão a tudo o que o próprio fazer artístico e zineiro nos é capaz de proporcionar, sedia um verdadeiro ágape, contando com produção, exposição e sorteio de zines; trabalhos coletivos de stencil, graffiti; e um piquenique, com a intenção de celebrar a permanência de seu espaço e identidade, as conquistas até aqui obtidas, o encerramento temporário das atividades do projeto devido ao fim de ano e à interrupção do calendário letivo; remontando a vivência, agregação, troca, ocupação, descontração e relacionamentos que nutrimos para muito além de seu espaço. Soa-me ainda como adequado dizer que a proposta é fazer tão somente, como Clarisse Freire, poeta, mesma disse: pó de lua... para diminuir a gravidade das coisas. 
O convite à esta celebração estende-se tanto ao público interno quanto externo; a todos os que, de alguma forma, sentem-se afeiçoados a tudo o que o Projeto IFanzine faz e representa. Esperamos, então, por você, para juntos festejarmos! 
(Texto de Vitor Fortunato e post com arte de Gabriel Mira).